quinta-feira, 8 de agosto de 2013

[Pensamentos] ... fardos e cargas pesadas



As nossas vidas têm um limte de espaço. É como um disco de computador, onde vão sendo armazenados arquivos. Nós vamos armazenando experiências, sentimentos e memórias.
No computador, quando deixamos de ter espaço, há que apagar o que não nos faz falta ou o que, por alguma razão já não faz sentido guardar e que só está a ocupar espaço.
Assim acontece com as nossas vidas, onde se não nos libertarmos dos fardos ou de velhos sentimentos, chegaremos a uma altura em que estaremos demasiado pesados para continuar a caminhar.
Mas como podemos nós libertar-nos das coisas que nos marcaram se elas se entranham em nós de tal modo que é difícil esquecê-las? Como esquecer as nossas memórias? Como esquecer aquelas experiências marcantes e traumatizantes das nossas vidas?
Simples. Transformando-as. Transmutando-as em algo de bom. Porque as coisas boas são leves e a nossa caminhada será mais simples.
Como fazê-lo, então?
Processar bem o que aconteceu e que bloqueia a nossa energia, impedindo-nos de avançar. Pensar na razão pela qual aconteceu algo, encontrar uma razão, o propósito para tal nas nossas vidas. Perceber o que aprendemos com isso, a forma como nos transformou e as mudanças que daí advieram.
"Libertar o velho para deixar entrar o novo" foi um dos ensinamentos mais importantes que já tive. Quando aprendi a fazê-lo, a minha realidade transformou-se em algo muito melhor, porque me libertei das angústias, dos medos, das culpas e dos ressentimentos que guardava sem saber e passei a abraçar tudo e todos os que se encontram à minha volta no momento Presente.
Foquei-me no que quero da vida em vez de pensar no que não quero. Foquei-me em amar tudo e todos de forma incondicional, porque, quando se abre o coração é isso que acontece. Passei a dar (e a gostar de dar) muito mais do que a receber, sem pensar muito no assunto, porque a Gratidão é algo que eu sinto e não algo que espero que sintam por mim.
Ainda assim, tornei-me muito mais rica, porque quanto mais dou, mais recebo de volta. E a minha caminhada tornou-se tão leve que tenho dias que parece que caminho sobre as nuvens...

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

[Pensamentos] ... da vida e dos motores de arranque



Quantas vezes damos por nós a admirar os outros? O que fazem, como são, aquilo que vestem...
O que nos faz querer ser como as outras pessoas? Ter as suas vidas? Admirar as coisas que têm?
Pessoalmente, para mim não faz sentido querer algo que é de outra pessoa, quando há tantas coisas que a minha vida me proporciona, quando há tantas coisas para fazer que me preenchem e realizam. Quando tenho uma essência tão grande e que brilha tão alto e que me permite ser quem eu quiser!
Sei, no entanto, o que é sentir essa espécie de admiração. Também eu, durante anos caminhei com a cabeça enterrada na areia, vivendo os sonhos dos outros e ansiando por um amanhã que teimava em não chegar.
Hoje sei que de nada adiantou perder o meu tempo a semtir-me assim, mas a experiência permitiu-me perceber muitas coisas, entre elas que o Presente é bem mais importante e precioso do que os anseios pelo Futuro.
Ao deixar de sonhar c
om algo que não fazia parte da minha realidade, consegui perceber que tinha que me mexer se queria fazer aquele futuro acontecer. Tinha que mudar a minha postura perante a vida! Tinha que acabar com a inércia e transformar-me num motor de arranque. Tinha que Ser a própria vida...
Mudar é assustador. Dá-nos aquele frio na barriga, aquela adrnalina que nos seca a boca e nos faz tremer. Mas depois é compensador, especialmente quando alcançamos os nossos objectivos e passamos a não querer permanecer parados, ficar no mesmo lugar. Passamos a querer caminhar ao sabor do vento e a sentir a liberdade que essa experiência nos dá- Passamos a querer saborear tudo.
Por isso, ficarei feliz se as minhas palavras servirem hoje de inspiração a alguém- Não, não quero que me idolatrem! Não quero que queiram ser como eu ou que admirem a minha vida. Quero apenas que vejam em mim o motor de arranque das suas próprias vidas. Que percebam que mudar é possível e fazer mais e melhor também, através do meu exemplo. O que fazem e como o fazem é absolutamente indiferente, desde que sejam fiéis a si próprios.
Quero que vejam em mim o exemplo em como é possível caminhar com a cabeça nas nuvens e os pés assentes na terra, em direcção ao futuro com que sonhámos. Umas vezes caminho mais depressa, outras mais devagar, mas o que interessa é dar o primeiro passo.