Hoje arrancaram do meu peito a esperança.
Hoje seguraram no meu coração e esmagarm-no até não restar nada mais.
Apenas pó.
Reduziram-no a cinzas, daquelas partículas insignficantes que voam com o vento.
Resta-me agora ver em que direcção irão voar.
Se pousarão numa floresta sombria, se mergulharão nas ondas do mar ou se continuarão a ser levadas pelo vento.
Hoje uma parte de mim morreu.
Resta-me apenas saber se a luz que havia em mim terá força suficiente para voltar a brilhar.
Se o Sol do universo conseguirá chegar de novo até mim e aquecer o buraco que ficou no meu peito.
Vou chorar até ao esquecimento e deixar as cinzas pousar.
Resta-me saber para onde vão.
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